Tratamento

Na fase aguda, primeiras quatro semanas de início dos sintomas, o tratamento de escolha é a plasmaferese ou a administração intravenosa de imunoglobulinas.
 

Fase Aguda

  1. Havendo insuficiência respiratória (10 -30% dos casos), o paciente deve permanecer em Unidade de Terapia Intensiva.
  2. Na presença de distúrbios da deglutição, a alimentação deve ser oferecida por uma sonda que vai da boca até o estômago.
  3. Plasmaferese (método no qual todo o sangue é removido do corpo e as células do sangue são separadas do plasma ou parte líquida do sangue, e então, as células do sangue são infundidas no paciente sem o plasma, o que o corpo rapidamente repõe) nas primeiras quatro semanas de evolução da doença para pacientes gravemente envolvidos. Embora seja um dos tratamento de escolha, não se conhece exatamente seu modo de ação, mas acredita-se que seja pela retirada do plasma contendo elementos do sistema imunológico que podem ser tóxicos à mielina.
  4. Altas doses de imunoglobulinas (anticorpos), administradas por via intra-venosa podem diminuir o ataque imunológico ao sistema nervoso. O tratamento com imunoglobulinas pode ser utilizado em substituição à plasmaferese com a vantagem de sua administração ser mais fácil. Não se conhece muito bem o mecanismo de ação deste método.
  5. Alguns casos faz-se o uso de corticóides (questionável).
  6. Posicionamento adequado no leito objetivando prevenir o desenvolvimento de úlceras de pele por pressão ou deformidades articulares.
  7. Movimentação passiva das articulações durante todo o período que precede o início da recuperação funcional para evitar deformidades articulares.
     

Fase de Recuperação

  1. Reforço da musculatura que tem alguma função.
  2. Órteses leves objetivando favorecer a deambulação na presença de fraqueza distal persistente.
  3. Havendo deficiência motora importante após dois anos do início da doença, o programa de tratamento deve objetivar o maior grau de independência possível na locomoção e nas atividades de vida diária (atividades do dia-a-dia de uma pessoa). 
  4. A intervenção fisioterapêutica para o paciente portador síndrome de Guillain-Barré visa acelerar o processo de recuperação, maximizando as funções, a fim de reduzir complicações de déficits neurológicos residuais. Desta forma, a reabilitação fisioterapêutica tem como principal objetivo o restabelecimento da força muscular, necessária ao retorno das suas atividades. O trabalho de fortalecimento muscular se inicia a partir do momento em que começam a ser esboçados os primeiros sinais de contração voluntária resultantes do processo de remielinização das fibras musculares, portanto os exercícios devem ser iniciados com cargas leves, a fim de prevenir lesões por sobrecarga dos músculo em processo de remielinização